Bráulio Tavares por Lenine
O Marco Marciano
Bráulio Tavares
Pelos auto-falantes do universo
Vou louvar-vos aqui na minha loa
Um trabalho que fiz noutro planeta
Onde nave flutua e disco voa:
Fiz meu marco no solo marciano
Num deserto vermelho sem garoa
Este marco que eu fiz é fortaleza.
Elevando ao quadrado Gibraltar!
Torreão, levadiça, raio-laser
E um sistema internet de radar:
Não tem sonda nem nave tripulada
Que consiga descer nem decolar.
Construi o meu marco na certeza
Que ninguém, cibernético ou humano.
Poderia romper as minhas guardas
Nem achar qualquer falha no meu plano
Ficam todos em Fobos ou em Deimos
Contemplando o meu marco marciano
O meu marco tem rosto de pessoa
Tem ruínas de ruas e cidades
Tem muralhas, pirâmides e restos
De culturas, demônios, divindades:
A história de Marte soterrada
Pelo efêmero pó das tempestades
Construi o meu marco gigantesco
Num planalto cercado por montanhas
Precipícios gelados e falésias
Projetando no ar formas estranhas
Como os muros Ciclópicos de Tebas
E as fatais cordilheiras da Espanha
Bem na praça central, um monumento
Embeleza meu marco marciano:
Um granito em enigma recortado
Pelos rudes martelos de Vulcano:
Uma esfinge em perfil contra o poente
Guardiã imortal do meu arcano.
por Lenine:
Poesias Musicadas
"[...] poesia também é oral no sentido em que, com raras exceções, ou ela consiste em letra de música - o que significa a palavra cantada - ou ela fica melhor quando lida em voz alta." Antonio Cicero
quarta-feira, dezembro 16, 2009
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Waly Salomão por Adriana Calcanhotto
Teu nome mais secreto
Waly Salomão
Só eu sei teu nome mais secreto
Só eu penetro em tua noite escura
Cavo e extraio estrelas nuas
De tuas constelações cruas
Abre-te Sésamo! - brado ladrão de Bagdá
Só meu sangue sabe tua seiva e senha
E irriga as margens cegas
De tuas elétricas ribeiras,
Sendas de tuas grutas ignotas
Não sei, não sei mais nada.
Só sei que canto de sede dos teus lábios
Não sei, não sei mais nada.
por Adriana Calcanhotto:
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Érico Veríssimo por Yamandu Costa
"Ana Terra", música inspirada na personagem de O Continente, primeira parte da trilogia O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo.
por Yamandu:
Resumo da obra:
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Tempo_e_o_Vento
Download da obra:
http://www.easy-share.com/1904435338/Erico%20Verissimo%20-%20O%20Tempo%20e%20o%20Vento%201%20-%20O%20Continente.doc.zip